segunda-feira, 25 de julho de 2016

Resenha Do Livro "Descendants"


Mais uma resenha, galerinha!

O livro de hoje é "Descendants", adaptação para livro do filme de sucesso do Disney Channel, "Descendentes".

Pra quem está chegando agora, a Disney possui uma editora chamada Disney Press e costuma lançar livros baseados nos filmes (sim, o oposto do que a gente vê por aí, que é filme baseado em livro). Eles contratam um escritor para adaptar o filme e lançam o livro por volta de uma semana antes do lançamento do filme nos cinemas ou na TV. O mesmo ocorre com as séries do Disney Channel

Para saber mais, confira nossas resenhas anteriores:

Como o livro NÃO foi lançado no Brasil, nós o lemos em inglês. Vamos falar da história em si e logo mais da experiência.

DESCENDANTS


Lançamento: 14 de julho de 2015
Páginas: 176 + 8 páginas de fotos do filme
Autor: Rico Green (adaptado do roteiro original de Josann McGibbon e Sara Parriott)

"Mal, Evie, Jay e Carlos são filhos de alguns dos mais terríveis vilões de todos os tempos. Uma chance é oferecida para que eles deixem a Ilha dos Perdidos, onde estão aprisionados durante a vida toda, e vão para a escola preparatória no reino idílico de Auradon com as "crianças boas". Lá, eles devem escolher se vão ou não seguir os passos de seus pais em direção ao mal. Cuidado Aurason - aí vem os Descendentes!"

Para quem leu o livro "A Ilha dos Perdidos" da autora Melissa de la Cruz, este aqui funciona como uma continuação, pois começa exatamente onde o livro de Melissa parou. 

O livro começa sendo narrado por Mal, filha da Malévola, nos apresentando o cenário em que a história ocorre. Após o final feliz dos contos de fadas da Disney, o rei Fera e a rainha Bela juntaram todos os reinos (da Cinderela, Branca de Neve, Pequena Sereia, Bela Adormecida, etc) em um só, formando os Estados Unidos de Auradon. Os vilões foram enviados para uma ilha isolada e sem magia chamada Ilha dos Perdidos, onde deveriam passar a eternidade em busca da bondado em seus corações. 

Você deve estar se perguntando como os vilões foram aprisionados se a grande maioria acabou tendo um fim trágico em seus filmes. No livro "A Ilha dos Perdidos" é contado que os vilões foram "ressuscitados" de alguma forma, acordando já aprisionados na ilha. Este fato não nos é apresentado no filme ou neste livro, somente em "A Ilha dos Perdidos" de Melissa de la Cruz.

Os príncipes e princesas que conhecemos agora são reis e rainhas, e todos eles tiveram filhos. Assim como os vilões. Sim, meus caros, aqueles vilões abomináveis tiveram filhos dentro da ilha. Neste livro conhecemos alguns deles, que são os protagonistas: 

- Mal, filha da Malévola, apesar de não gostar da palavra "amizade" é leal aos seus amigos e possui dentro de si a mesma postura de poder que sua mãe tem. 
- Jay, filho do Jafar, é um ladrão de primeira! Sabe roubar como ninguém, assim como o maior inimigo de seu pai, Aladdin.
- Evie, filha da Rainha Má, é uma garota decidida que preza a beleza acima de tudo e, em segredo, deseja se casar com um príncipe encantado.
- Carlos, filho da Cruella, tem, vejam só, medo de cachorros. É bem "na dele", mas adora uma baguncinha.

Diferente do livro de Melissa, este aqui só nos apresenta estes quatro, enquanto o anterior já traz outros filhos de vilões, já que se passa na ilha.


Virando a página, iniciando o primeiro capítulo, a escrita já muda. O livro não é mais narrado por Mal, e sim em terceira pessoa, com Mal fazendo pequenos comentários (de no máximo 2 linhas) no início de cada capítulo. Isso não é um problema, afinal há algumas cenas sem participação de Mal na história que não seriam contadas se ela estivesse narrando, mas tenha em mente que somente o prólogo é narrado pela personagem.

Pois bem, em Auradon, o príncipe Ben está pronto para fazer sua primeira proclamação real. Ele é filho da Bela e da Fera, e seu pai está prestes a lhe passar a coroa para que ele governe Auradon em seu lugar. Ao mesmo tempo em que Ben quer ser um rei bondoso, ele procura agradar seus pais com suas decisões - em especial seu pai -, pois deseja mostrá-los que pode ser um grande rei tal como foi a Fera. Mas seus pais não parecem muito satisfeitos quando ele faz sua primeira proclamação...

Ben decide dar uma chance aos filhos dos vilões de viverem em Auradon para escolherem o bem para suas vidas, e não serem como seus pais. A situação piora quando o garoto diz quais descendentes dos vilões ele escolheu, principalmente por ter elegido a filha de Malévola, considerada a pior vilã de todos. Mesmo desaprovando, os pais de Ben decidem esperar para ver como será a experiência de ter os filhos dos vilões no reino do bem.


Na Ilha dos Perdidos, Malévola dá à Mal, Jay, Evie e Carlos a notícia de que vão estudar em Auradon. Acostumados com a maldade à sua volta, eles reclamam que não querem ir, mas Malévola os convence dando-os uma missão que poderá salvar seus pais e destruir Auradon. Os quatro são encarregados de roubar a varinha mágica da Fada Madrinha que está no reino. Com a magia da varinha e o poder de seu cetro, Malévola conseguirá unir bondade e maldade sob seu comando e fazer de Auradon uma terra dominada por vilões. Os jovens aceitam, visando provar para seus pais que são tão maus quanto eles e deixá-los orgulhosos.

Chegando ao reino de Auradon, os quatro descendentes são recebidos pela Fada Madrinha, diretora do Colégio de Auradon, e o Príncipe Ben. Curiosamente, em Auradon a magia não é usada, pois a Fada Madrinha fez a população acreditar que a maior magia está presente nos livros (amém, Fada Madrinha). Isso dificulta para eles roubarem a varinha mágica, pois ela está guardada em um museu de alta segurança sob vigilância. 


Embora sejam recebidos calorosamente - mais ainda por Ben -, Mal já troca farpas com sua inimiga nata Audrey, filha da Bela Adormecida e namorada de Ben. Evie se apaixona pelo filho de Cinderela, Chad, mal percebendo que ele quer se aproveitar dela. Carlos e Jay se juntam ao time da escola, onde descobrem seus talentos para o esporte e se orgulham disso. 

Os descendentes dos vilões se sentem completamente deslocados no início, tanto por acharem tudo muito "bom" quanto pelo preconceito que todos parecem ter sobre eles. Aos poucos vemos que na verdade eles não são tão maus como seus pais, assim como nem todos os filhos dos príncipes e princesas são bons como seus pais. Eles na verdade, na Ilha dos Perdidos, não tinham espaço de escolherem ser pessoas boas, pois não tinham certo parâmetro para isso, já que o mal era considerado bom e o bem considerado mau. Em Auradon eles passam a sentir que têm algum valor por eles mesmos, pelos seus dons, por sua inteligência e por começarem a sentir empatia. Mas ao mesmo tempo não podem esquecer o principal motivo de estarem ali: roubar a varinha mágica da Fada Madrinha para que Malévola inicie seu reinado.

Só há uma chance de roubarem a varinha: no dia da coroação do príncipe Ben como rei, onde a Fada Madrinha irá abençoar o novo rei de Auradon. Os descendentes então começam a traçar um plano para que tudo dê certo, e isso inclui separar Ben e Audrey com uma poção do amor que o fará se apaixonar por Mal. Assim, ela estará na primeira fila no dia da coroação e poderá capturar a varinha. Mas eles estão se questionando, dentro de si, se devem mesmo fazer isso ou escolher o bem. Libertar seus pais para que destruam Auradon ou viver em no reino plenamente felizes com o bem em seus corações. Cabe somente a eles decidirem.


Apesar de eu amar o filme "Descendentes", esperava mais do livro. Já li as adaptações de "Teen Beach Movie" e "Teen Beach 2" e, usando-as como parâmetro, este aqui parece um pouco simplório e raso. Não há muita profundidade na narrativa. A impressão que dá é que o autor o escreveu enquanto via o filme, dando uma pausa a cada cinco segundos para escrever o que havia ocorrido ali. É tudo exatamente igual ao filme, com uma ou outra cena ligeiramente diferente. Os mesmos diálogos  do filme estão escritos entre pouca descrição. Pra mim, só consegui enxergar certa profundidade na narrativa a partir da metade da segunda metade do livro, quando os filhos dos vilões enfrentam o dilema perguntando-se, "o que é certo e o que é errado?" O ato de escrever exatamente as cenas do filme não funcionou muito para mim neste aqui. Está MUITO fiel ao filme, mas não de um jeito tão bom como eu gostaria, isso porque algumas coisas funcionam melhor no filme do que no livro. Algumas cenas são melhores vendo do que lendo neste livro. No geral, ler este livro foi a mesma coisa que ver o filme. 

Apesar disso, como eu afirmei, AMO "Descendentes" e vou defendê-lo e por isso a minha nota é:

4 de um total de 5 pontos

Mesmo não apresentando nada novo do que vemos no filme, é um bom livro, com uma boa história. Se você é fã de "Descendentes" vale super a pena lê-lo!

A leitura do livro é de fácil pra média. É interessante você estar em um bom curso de inglês ou saber bem o idioma para conseguir entender bem. Mesmo sendo infanto-juvenil, comparando com os livro do "Teen Beach", este aqui é um pouquinho mais desafiador (pouca coisa).

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Até a próxima resenha! ;)

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